sexta-feira, 21 de setembro de 2007

O Papa destaca que a boa preparação do casal fecha o caminho ao divórcio

Ciclo de catequese sobre os Padres Apostólicos: São João Crisóstomo

VATICANO, 19 Set. 07 / 12:00 am (ACI).- Ao apresentar durante a Audiência Geral celebrada esta manhã na Praça de São Pedro a figura e pensamento de São João Crisóstomo, o Papa Bento XVI destacou que ao referir-se ao noivado e ao matrimônio, este “Mestre da fé” assegurava que “os casais bem preparados fecham o caminho ao divórcio”.
Depois de presidir em recinto vaticano ante milhares de paroquianos o costumeiro encontro das quartas-feiras e prosseguir com o ciclo de catequese sobre os Padres Apostólicos, o Pontífice recordou que este ano se cumpre o décimo sexto centenário da morte de São João Crisóstomo, nascido em 349 na Antioquia da Síria, ao sul da atual Turquia. “Chamado Crisóstomo, que quer dizer, ‘Boca de ouro’ por sua eloqüência, pode-se dizer que vive ainda hoje através de suas obras”.
Depois de destacar que “sua teologia era excelentemente pastoral”, pois nela era constante “a preocupação pela coerência entre o pensamento expresso pela palavra e o que se vive”, o Santo Padre afirmou este santo se preocupou deste modo em “acompanhar com seus escritos o desenvolvimento integral da pessoa, nas dimensões física, intelectual e religiosa”.

Antídoto contra o divórcio

Mais adiante, o Papa destacou o pensamento de Crisóstomo em relação às etapas da vida do ser humano, ressaltando a vigência e atualidade de suas idéias.
São João destacava a importância da infância, “porque é quando se manifestam as inclinações ao vício e à virtude e, por isso, é nesta idade quando a lei de Deus tem que ser gravada do início na alma ‘como sobre uma tabela de cera’”. A esta etapa “segue o mar da adolescência, onde os ventos sopram violentos, porque é quando cresce a concupiscência”.
Em seus escritos, este Padre da Igreja aborda o período do noivado e o matrimônio e afirma que “os maridos bem preparados fecham o caminho ao divórcio. Tudo se desenvolve com alegria e se pode educar aos filhos na virtude. Depois, quando nasce a primeira criança se forma uma ponte; os três se convertem em uma só carne, porque o filho une as duas partes e os três constituem ‘uma família, uma pequena Igreja’”.
Ao final da catequese, Bento XVI recordou que São João Crisóstomo também se dirige em seus escritos aos fiéis laicos, que “com o Batismo assumem o ofício sacerdotal, real e profético. Esta lição de Crisóstomo sobre a presença autenticamente cristã dos fiéis laicos na família e na sociedade segue sendo ainda hoje mais atual que nunca”.
Concluída a audiência, o Santo Padre retornou a Castel Gandolfo.

Fonte: http://blog.biblicatolica.com.br/

terça-feira, 18 de setembro de 2007

AMOR É O VINHO NOVO

Quando falamos em casamento, à luz do evangelho, nos lembramos sempre das Bodas de Caná, do vinho novo tão desejado pelos casais.
Percebemos nesta passagem a riqueza da sua mensagem, as talhas de água que nos remetem ao nosso esforço para sermos melhores um para o outro, a nossa dedicação, que é para Deus a matéria prima para a realização do milagre da transformação. Vemos Maria como a mãe intercessora; o carinho de Jesus com a família realizando nela o seu primeiro milagre e muito mais; mas me atenho neste momento às palavras do chefe dos serventes, após provar da água tornada vinho: “É costume servir primeiro o vinho bom e, depois, quando os convidados já estão quase embriagados, servir o menos bom. Mas tu guardaste o vinho melhor até agora.” (João 2, 10)
Voltemos ao início da família, o tempo de namoro, nesse período, infelizmente, mais que entregar primeiro o vinho bom, o que vemos são jovens entregando todo vinho. Queimam etapas, não se conhecem e, quando chegam ao casamento, se chegam, já não têm mais vinho e a festa se acaba.
É preciso saber administrar o nosso vinho, o melhor de nós; não guardá-lo em reservas, mas servir sempre ao outro o vinho bom: “Mas tu guardaste o vinho melhor até agora.” (João 2, 10). “Até agora”, significa para sempre, hoje, tempo atual, diferente do que fazemos na prática: no tempo de namoro e noivado, todo carinho, respeito, atenção e, quando chega ao casamento, à medida que o tempo passa, deixamos de servir o vinho bom para servir vinagre, e exigimos que o outro o beba feliz.
O que fazemos no período de namoro e noivado é deixar o outro embriagado com o nosso vinho bom e, quando essa “embriagues” passa, o outro percebe que estava bebendo vinagre. Ninguém vai a uma festa para beber vinagre, queremos sempre vinho bom, porque sabemos que ele existe, o experimentamos no início da festa.
Se tivéssemos que escolher entre servir o vinho bom no namoro, no noivado ou no casamento, deveríamos servir o pior no namoro e noivado e guardar o melhor para o casamento que, em tese, é um período muito maior! Mas não precisamos escolher, podemos servir sempre o vinho bom, mas como conservar o nosso vinho sempre bom, é a pergunta.
A resposta está no evangelho, Jesus precisa ser convidado diariamente a participar dessa festa, devemos também apresentar a nossa água a Maria para que ela a leve a Jesus, para que milagres aconteçam; mantermos o zelo de não servir vinagre àquele ou àquela que merece beber o nosso melhor vinho.
Não há dúvidas de que o casamento é sim uma linda festa, festa de amor, mas que necessita de dois convidados que fazem questão de participar: Jesus e Maria.

Comunidade Luz e Vida

Fonte: http://www.misericordia.com.br/